26 outubro 2011

DE ONDE O NOME DE EUROPA.

EUROPA era filha do rei fenício Agénor e da sua mulher Telephassa. Zeus enamorou-se dela e disfarçado de touro branco e cornos dourados raptou-a. Europa inebriada deixou-se seduzir e acedeu a ser amante de Zeus e deste teve três filhos. Depois de satisfeito, Zeus abandonou-a, mas não sem lhe arranjar um marido legítimo. Europa viveu o resto dos seus dias em Creta, mas a família nunca mais soube do seu paradeiro.
Agénor, pai de coração destroçado, procurou-a por toda a parte, principalmente nas terras que hoje são designadas por Continente Europeu. E essas terras tomaram o nome de Europa porque Agénor percorreu estes caminhos sempre chamando pelo nome da filha sem a encontrar.

Desde domingo que para os lados de Bruxelas, ao fim de séculos, se ouve novamente chamar pela Europa. Hoje, no Conselho da Zona Euro,ou se desfaz o mito, ou o mais provável é que a Europa continue desaparecida. Sintomaticamente, em Creta, na Grécia.

25 outubro 2011

VISÃO DA ACTUALIDADE DA SEMANA

- A Cimeira Europeia: Como é que tanta gente inteligente e poderosa junta consegue não fazer nada, ou fazer tanta asneira? Qual é o mercado que acredita numa instituição que decide matérias que depois têm de ser aprovadas em "imprevisíveis" Parlamentos nacionais? Passou-se com a Finlândia, com a Eslovénia, e agora com a toda poderosa Alemanha. Qual o poder de intervenção do Parlamento Europeu, a única instituição para a qual votamos, na resolução da crise?

- Os Bancos: Ainda bem que a maior parte da população não sabe o que é isto da recapitalização da banca, da assumpção de perdas relativas à Grécia por parte dos bancos, caso contrário já tinha havido uma corrida aos depósitos e o sistema financeiro entraria em colapso. Seria a todos os títulos desejável que alguém credível explicasse exactamente o que se passa com os Bancos portugueses, quais os riscos, as soluções, os eventuais encargos para o Estado, o que significa para todos nós.

- Frase da Semana: O que é preciso é uma autoridade inteligente , da autoria do Secretário-Geral do Partido Socialista. E que tal uma política fiscal rubicunda? e um desenvolvimento económico aprazível? ou uma Segurança Social fixe? Embora a frase tivesse algumas explicações subsequentes, não é a austeridade que atemoriza, é o vazio da mesma que denota um imobilismo intelectual do PS na procura e apresentação de soluções inovadoras.

- Livro da Semana: O Estranho Caso de Benjamin Button, de Scott Fitzgerald, dedicado ao Ministro Álvaro Santos Pereira, porque Benjamin Button era um homem cujo corpo não correspondia à idade mental a qual se desenvolvia do fim para o princípio, o que levava a que um homem na terceira idade se entretivesse a brincar com comboios eléctricos.