29 dezembro 2011

LIVRARIA FERIN

Hoje estava Sol, ao meio-dia a temperatura era amena, o rosto dos transeuntes na Rua Nova do Almada não era totalmente fechado, e eu entrei na Livraria Ferin. Foi um bocadinho da manhã que me encheu o dia.

Entrar na Ferin, é entrar numa livraria a sério. Sobretudo por que não se tropeça no best-seller com lugar no podium forjado, não se esbarra a cada canto e esquina com a auto-ajuda e, embora a casa remonte a 1840, tanto quanto se sabe não há perigo de aparição de qualquer vampiro.

Ser a Livraria Ferin uma livraria a sério, dever-se-á muito ao facto de ser pertença e ser gerida pela mesma família à seis gerações. Daí o gosto pelos livros, em geral, e em particular pelos de origem francesa muitos dos quais não terão tradução em português porque dificilmente não têm mercado. Mas, encontram-se também autores portugueses de séculos passados difíceis de vislumbrar noutros sítios e edições "especializadas" de religião, de filosofia e de viagens e de história.

Nos cerca de quarenta e cinco minutos que lá estive, estive quase todo o tempo sozinho, entrou um cliente à procura de um livro muito particular.

Um país, em que a Cultura é uma filha bastarda de um deus menor, tem na zona do Chiado a mais antiga livraria do Mundo, a Bertrand, e porventura uma das mais antigas da Europa, a Ferin. Visitem e encham a Ferin.