04 setembro 2012

VISÃO DA ACTUALIDADE DA SEMANA

- RTP I: A Administração da RTP não tinha que tomar qualquer posição pública sobre opiniões de consultores mesmo que essas tivessem o aval do ministro da tutela. Com a publicação de um comunicado discordante apenas restava à administração um caminho: a porta da rua. Só que, perante estes factos, a iniciativa de abandonar o cargo não deveria ter sido da Administração, mas da Tutela. O ministro Miguel Relvas ao não fazê-lo mostrou o déficite de autoridade de que padece e que desconhece o bê-a-bá da gestão e da condução de organizações empresariais.

- RTP II: Com as razões até agora apresentadas não me dou por plenamente convencido sobre as virtualidades de uma RTP pública ou privada.O argumento de que em todo mundo é assim, para mim é curto. A única coisa que estou convicto é que o processo de alienação da RTP está inquinado de início e que dá ares a chico-espertertisse de entrega a preço de saldo de um canal de televisão a interesses ou amigos privados.

- RTP, outros e os submarinos O CDS-PP opôs-se a novo aumento de impostos - periscópio de fora; O CDS-PP entrava a Lei Eleitoral das Autarquias - proa dos submarinos a emergir; o CDS-PP rebela-se contra a opinião de um consultor-turbo para a RTP - o corpo do processo dos submarinos quase à tona como anunciado na universidade de verão do PSD. Pero que las hay, hay.

-Déficite de 2012 em 6,9%: A revisão em alta, em forte alta e não apenas numas décimas como disse o sr. PR, não é surpresa para ninguém. Muito menos para o governo. Todos os indicadores económicos e económico-sociais estão piores do que há um ano e meio. Este é o bom caminho, custe o que custar, pois os mercados, os chineses, os angolanos, os amigos, estão contentes

- Frase da semana: Nem tudo aconteceu exactamente como esperado, declaração do Primeiro-Ministro. Não sei exactamente o que esperava o sr. Primeiro-Ministro, mas que nada se passou exactamente como aquilo que por ele foi dito, disso temos a certeza. E isso está documentado.

- Livro da semana: A Ilha de Sukkwan de David Vann. Ilha inóspita e "perdida" no Alasca onde pai e filho passam doze meses em tensão. Recomendado a Passos Coelho e Paulo Portas. A situação torna-se incontrolável.

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