11 dezembro 2012

VISÃO DA ACTUALIDADE DA SEMANA

- Entrevista António José Seguro: Talvez a melhor entrevista que o Secretário-Geral do PS deu desde que foi eleito para o cargo. Mesmo assim não parece que tenha agarrado o auditório e muito menos que tenha agradado aos comentadores. Em política, e especialmente em política através da televisão, o que parece, é. Seguro não consegue passar a mensagem e tem deixado que moldem a sua imagem de um lídere sem ideias, amarrado a um contrato com a troika e convivendo divisões internas no partido.

- Noventa lugares: Miguel Relvas pretende criar pelo menos noventa lugares executivos para entidades inter-municipais a auferirem cerca de 4000€ por mês. Agregadas freguesias, extinguidos os Governos Civis - que eram só 18 - por não servirem para alguma coisa, e como medida de poupança, cria-se então uma nova estrutura que por muito pomposas descrições de funções que tenha não visa mais do que manter à mesa do orçamento do Estado, dinossauros autárquicos, e outros, que por limite de mandatos estão impedidos de se candidatar. E, pelos vistos, não é preciso ir pedir autorização à troika, só para diminuir impostos é que é.
Miguel Relvas não tem vergonha e se os outros membros do governo alinharem neste propósito são uns desavergonhados.

- Frase da semana: "Acabou a crise do euro", François Hollande. Não existe nenhum dado concreto de que a crise "tenha ficado para trás"; o novo financiamento da Grécia e o resgate dos bancos espanhóis não debelam a crise. Hollande tenta afastar o espectro de um ataque dos mercados à França e para isso, voluntária ou involuntariamente, está a dar trunfos a Angela Merkl para as eleições na Alemanha em 2013.

- Livro da semana: A Pequena Casa em Allington, de Anthony Trollope

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