25 abril 2011

"Benjamim", Chico Buarque, D. Quixote

Chico Buarque ganhou dois dos maiores prémios literários do Brasil, Jibuti e Portugal Telecom em 2004 (com Budapeste) e 2010 (com Leite Derramado). Possivelmente balanceada por estes êxitos literários apostou a editora D. Quixote na publicação de Benjamim, obra de 1995.
Na sinopse pode ler-se: "A morte de uma mulher está por trás da vida de Benjamim Zambraia. É a obsessão que o leva a associar tudo o que o cerca no presente a esse enigma do passado, a estabelecer todo o tipo de relações, a começar pelo instante em que encontra a jovem Ariela Masé, que em tudo lhe parece outra, Beatriz.
Deixando um fio de suspense, Benjamim passa de uma situação a outra, de um personagem a outro - quase trágicos, quase grotescos, quase reais..."
Chico Buarque é um narrador do quotidiano, do quotidiano fastidioso, mesquinho, inconsequente de seres sós e solitários, auto-marginalizados.Benjamim não é mais do que isso o relato, passo a passo, - abrem-se portas, fecham-se portas, vai-se ao restaurante, pega-se um táxi, pega-se outro táxi, apanha-se o elevador e assim por diante - da vida de Benjamim Zambraia. Diz ainda a sinopse O mundo opressivo e obsessivo desta história não surge do exterior, não vem de fora, mas é a própria criação de um estilo de narrar, é o resultado de uma prosa sem precedentes. Não me parece. Se algumas vezes ainda se poderá ter a sensação de um universo mental e sentimental concentracionário em que eventualmente o protagonista viverá,todo o resto é um aborrecimento sem chama. Nada mais a dizer.

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