11 setembro 2011

9/11

1 - Dez anos transcorridos após o ataque terrorista às Torres Gémeas (e ao Pentágono) estamos tão vulneráveis como estávamos antes e com uma maior sensação de insegurança, porque há dez anos, a esta hora que escrevo, ainda não nos passava pela cabeça que uma insanidade como aquela que muitos de nós assistiram em directo fosse exequível. O facto de passarmos a considerar reais estes atentados e as autoridades terem fechado mais alguns buracos nas malhas do terrorismo, não significa que muitas portas de entrada não continuem abertas. Se nos detivermos na facilidade que há em adquirir material para fabricar bombas, da facilidade de encontrar na internet métodos de fabricar bombas, das mais artesanais a algumas com elevada sofisticação, questionamo-nos como é que não há mais atentados.

2 - Qualquer acto terrorista é abominável, independentemente, das suas causas e proveniências. Não alinho, pois, com as vozes "sou contra, mas...é preciso ver que; é preciso ir ao fundo da questão". Perante um acto terrorista não há compreensão possível. Os responsáveis devem ser procurados e castigados.

3 - Não sou americano por acaso, a minha avó materna esteve dezasseis anos emigrada em Boston, e por a ouvir falar e contar coisas da sua América e de a ouvir falar no seu americano que me encantva em que muitas consoantes eram engolidas, desde muito miúdo que sou americano (como também vim a ser outras nacionalidades por outros motivos) e quando vi o segundo avião embater na segunda torre, foi como se esse avião tivesse chocado contra a minha avó.
No dia 11 de Setembro de 2001 passámos a ser todos americanos. Quer queiramos, quer não, não o éramos já antes? Não é porventura a América o país que mais emigrantes recebeu em trezentos anos, de origens, cores, línguas, credos mais diversos? Nós que no pós-guerra crescemos com o Super-Homem, Hemingway, o Empire State Building, John Ford, Beach Boys, o Oeste Selvagem, a Coca-cola (proibida), o Flower Power, Orson Wells, o Windows, Comarck Maccarthy, Spilberg, o Blogger do Google, pelo qual estamos a comunicar, as Torres Gémeas, não éramos já americanos?

4 - Em memória de todas as vítimas de todos os atentados terroristas.

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