19 dezembro 2012

VISÃO DA ACTUALIDADE DA SEMANA

- Ministro Gaspar e as previsões: Vitor Gaspar está para as finanças como Isabel Jonet está para a caridade/solidariedade: quanto mais falam, mais se afundam. Ontem, o ministro, irritado por a oposição o confrontar continuadamente com o desacerto nos números (sempre para pior), dizia que iria ponderar abrir lugares para "fazedores" de previsões correctas, mas que ele não se candidatava ao lugar. Deveria o ministro, tão apologista do privado contra o público, saber o que acontece em empresas privadas a gestores e outros trabalhadores quando falham as previsões, que muitas vezes nem são dos próprios; ou se alguém chegar ao banco e disser que não paga a prestação da casa porque estamos em tempo de recessão e falhou nas previsões de quanto o governo lhe iria confiscar em impostos.

- Cavaco Silva e as suas reformas: O Presidente da República foi mais uma vez instado a pronunciar-se sobre as suas reformas devido aos cortes programados no OE de 2013. Cavaco Silva diz estar amuado (não por estas palavras) com os media porque ele tentou corrigir o que estes tinham dito sobre a matéria e não conseguiu. É verdade o que diz: Cavaco Silva tentou corrigir os media, o que não tentou foi corrigir o que os portugueses ouviram da boca do próprio em peça televisiva.

- Frase da semana: "Somos orgulhosamente capitalistas", Eric Schmidt, director executivo da Google,em entrevista à Bloomberg, para justificar a fuga aos impostos (pelos visto,legal) através do paraíso fiscal das Bermudas. Schmit esqueceu-se de dizer que somos orgulhosamente capitalistas, quando somos ricos. O capitalismo mais liberal não permite aos menores rendimentos fugas legais e, em caso de crise, são estes que são sempre chamados a pagar.

- Livro da semana: "O Museu da Inocência", de Orhan Pamuk.

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