05 fevereiro 2013

VISAO DA ACTUALIDADE DA SEMANA

- Guerra meio-fechada no PS: O estado de "guerra" pela liderança no PS durou duas semanas e não chegou verdadeiramente a declarar-se. Mas se não se abriu, também não se fechou totalmente, porque:
- António José Seguro eventualmente não terá cedido à oposição interna;
- António Costa eventualmente não terá desistido de ser candidato a Secretário-Geral;
- o Partido Socialista não é ainda eventualmente um partido preparado para governar.
E face ao último porquê, a guerra pode estalar a qualquer momento.

- Franquelim I: Viveu no séc. XVIII um Franklin que se celebrizou, entre outras coisas, por, em dias de tempestade, lançar papagaios para atrair raios e coriscos. Não se tratava de actividade lúdica, mas de experiência para inventar o pára-raios. E se tal elemento está inventado e melhorado, não havia necessidade de se escolher outro Franquelim para Secretário de Estado a atrair faíscas sobre o próprio e sobre o Primeiro-Ministro. O gestor não esta indiciado por nenhum crime, pode portanto ser secretario de Estado. Só que, tendo sido, em época conturbada", administrador do BPN, caso que está longe de estar totalmente desvendado, seria de bom-tom, já para não falar de ética, que se evitasse que durante um "período de nojo" houvesse algum recato em chamar a funções públicas elementos envolvidos na gestão da SLN/BPN. E Passos Coelho, Franquelim Alves e Santos Pereira estavam disso cientes. Não queiram convencer os portugueses que o inicial apagamento do currículo da passagem de Franquelim Alves pelo BPN foi inocente.

- Franquelim II: O Ministro Álvaro Santos Pereira afirmou-se como o responsável pela escolha de Franquelim Alves e designou de baixa política todas as atoardas, no dizer do ministro, que se levantaram sobre essa a nomeação do Secretário de Estado. O senhor Ministro não fará baixa política, faz fraca, medíocre política, porque tanto quanto se saiba o que foi dito não foge à verdade, e o senhor ministro, talvez a mando do senhor Primeiro-Ministro, não fez a escolha política acertada.

- Frase da semana: "O que referem sobre mim e sobre os meus companheiros, não está correcto. A não ser alguma coisa, que é o que referem alguns meios de comunicação social". Mariano Rajoy, Primeiro-Ministro espanhol, sobre o caso de recebimentos indevidos. Não é a frase da semana, é a frase do ano. A frase, que abala mercados, bolsas, dívidas soberanas de Espanha e de outros países, é lapidar, pois o PM espanhol consegue candidamente afirmar o que é e o seu contrário. Deveria constituir cábula para todos os políticos metidos em trapalhadas, embrulhadas e opacidades.

- Livro da semana: "Diálogos", de Platão. E um,entre muitos, a merecer leitura e reflexão: "A República".

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