20 dezembro 2011

VISÃO DA ACTUALIDADE DA SEMANA

- Desvio colossal: O senhor Primeiro-Ministro anunciou, ao Correio da Manhã em primeira mão, que o déficite de 2011 se situaria nos 4,5%, em vez dos "contratados" 5,9%. Sabe-se que foi à custa do Fundo de Pensões da Banca, que é uma receita pontual, que não volta a repetir-se, aliás só aporta futuros encargos para o Estado. Mas, percebe-se muito mal, porque mal explicada, a necessidade urgente de medidas de austeridade sobre medidas de austeridade, quando se sabia que existia esta "almofada". O Fundo de Pensões não apareceu por obra e graça do Espírito Santo depois de aprovado o Orçamento para 2012.

- Sustentabilidade do Estado Social: esta semana, até um conhecido humorista, na sua crónica semanal veio contar uma anedota para explicar a falência do Estado Social e de que somos todos uns ingénuos se continuamos a acreditar nele. É preciso dizer que o Estado Social não é um negócio, é uma opção ideológica com uma consequente opção de despesa pública e que o Estado Social não é AUTO-sustentável, mas pode ser sustentável. Subsídio à EDP para energias renováveis, grandes empresas portuguesas com sede na Holanda para "eficiência" fiscal, parcerias público-privadas com contratos leoninos favoráveis aos privados, etc,etc. Já viram que possivelmente há dinheiro para sustentar o Estado Social?

- Os países viciados na dívida são como as pessoas viciadas em álcool: declarou o Presidente do Banco Central Alemão. Julgo que, pelo menos, se estaria a referir à dívida que a Alemanha tem para com a Grécia e nunca mais "pára de a beber".

- Os professores devem emigrar: Opinião, sugestão, recomendação, do senhor Primeiro-Ministro, posteriormente sublimada pelo senhor Ministro Miguel Relvas. Tal e qual como numa empresa o que causa grandes problemas são os clientes, num país o que atrapalha é o povo.

- O Livro da Semana - Os Maias, Eça de Queirós, um dos 100 melhores romances de sempre. Seria interessante que se produzisse hoje um romance que retratasse a sociedade portuguesa, no nosso tempo, como Eça fez com a sua época.

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