20 outubro 2012

PP - Partido dos Pedintes

Paulo Portas fez um interregno nas suas aparições públicas oficiais, quer como ministro, quer como presidente do partido (exceptuando as eleições dos Açores). Durante esse tempo tentou saída airosa do governo sem ter o ónus de queda do mesmo e de crise política. Paulo Portas sabe que está entre a espada e a espada:

1 - Se abandona a coligação e o PSD ganha eleições, este não o convidará para nova parceria;

2 - Se ganha o PS, sabe que não será convidado porque o PS não "poderá" fazer coligações com um dos obreiros parceiros da austeridade ao preço do custe o que custar.

Paulo Portas não considerou que sentido de Estado criar uma crise política - em ocasião em que Portugal estava pior do que hoje segundo palavras do próprio - ao votar contra o PEC IV. Hoje considera sentido de Estado votar contra a própria consciência e as declarações há muito propaladas contra aumento da carga fiscal.

Paulo Portas ponderou abandonar o governo e o partido, para que o PP renascesse e como partido novo teria possibilidade de negociar nova entrada no governo. Ao viabilizar o OE13, que lançará milhões de portugueses na pobreza Paulo Portas já encetou a renovação do partido: o PP deixou de ser o partido dos contribuintes, para ser, mais consentâ neo com a sua sigla, PP - Partido dos Pedintes.

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