26 fevereiro 2011

"Vanessa Karenina", de Pedro Vieira, Quetzal

Um dia hei-de escrever um romance cuja acção se desenrole na actualidade. Já tentei, mas não ultrapasso as 50 páginas porque me custa estar a dar ao leitor aquilo que ele já conhece. Não estou a imaginar um leitor a embrenhar-se na descrição da sua rua como ela é hoje. Ela sabe-a (pensa que sabe) quase de cor, de todos os dias, de todas as horas. O que acrescentará isso ao seu prazer da leitura. Daí a minha admiração, por exemplo, por Ian Mcewan, capaz de nos "transportar" para o mundo actual.
Se o livro, "Próxima Estação: Massamá", de Pedro Vieira, sobre o qual opina Eduardo Pitta no Ípsilon, é capaz, de no dizer do comentador, trazer a CRIL e o IC19 à ficção portuguesa, é razão suficiente para aguçar a minha curiosidade.
Pode ser que um dia em que eu escreva um romance sobre a actualidade e em que todas as SCUTS já todas tenham portagem. Tenho de me apressar.

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