30 março 2011

Os ensinamentos das crises

Lembro-me que no choque petrolífero de 1973, que desencadeou uma crise também em Portugal, o comum dos portugueses aprendeu que o petróleo não era um líquido cor-de-rosa que se comprava nas drogarias e que servia para acender candeeiros e fogareiros, mas um líquido bem preto que vinha das "arábias" e que era gerido por uns homens que usavam uns "panos" na cabeça. Aprenderam os portugueses que eram afectados pelo que se passava noutros cantos do mundo (e com economias não globalizadas ao nível actual) com países e pessoas que nem sequer lhes passava pela cabeça existirem.

A crise actual trouxe ao conhecimento de grande parte dos portugueses a existência de uns "seres" que pairam sobre as suas cabeças, que não têm rosto, que nada produzem para além de palavras e comunicados, e que dão pelo nome de AGÊNCIAS DE RATING. Andam de mãos dadas com outras entidades que se chamam MERCADOS FINANCEIROS.

Foram, pois, ministrados estes ensinamentos da pior forma. Em vez de se aprenderem nos livros e numa sala de aula, aprenderam-se na pele e na escola da vida. Sabe-se que o aprender requer esforço e trabalho. Não deveria era ser necessário tanto sofrimento.

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