01 março 2011

"Pensamentos do escritor"

















Que deve fazer o escritor quando a complexa estrutura a que damos o nome de cérebro pura e simplesmente se recusa a dar aquilo que o escritor necessita: criatividade, inteligência, e até vontade de escrever?
Já são clichés aquelas imagens de filmes em que o escritor se senta, normalmente perante uma máquina de escrever, e vai teclando uma frase solitária em sucessivas folhas de papel que se vão espalhar ou amontoar amarrotadas pelo chão.
Hoje,com os computadores, preservo o ambiente, não gastando papel, e até guardo em ficheiros algumas escritas que considero merecerem o destino daquele ícone pequenino chamado Reciclagem, mas que guardo não vão elas mais tarde servir para algo.
Mas que deve, então, o escritor fazer, quando a escrita encalha? Dedicar-se a vários trabalhos em simultâneo e saltar de uns para os outros (a diversidade é muitas vezes boa companheira)? Batalhar infindavelmente até sair o parágrafo perfeito? Esquecer a obra por uns tempos e aguardar melhores dias? Esperar que a maré suba e que a retire das rochas?
Tenho um terceiro romance alinhavado, 100 páginas boas (avaliação do autor),200 páginas horrorosas (avaliação do autor), e não consigo sair daqui. Que fazer?
Mas, esta é afinal a pergunta de um milhão de euros, aquela que se tivesse resposta explicaria o processo criativo.

Sem comentários:

Enviar um comentário