14 fevereiro 2011

"Património", de Philip Roth, Edições D. Quixote

O livro é demasiado conhecido e publicado em 2008 já teve as recensões e críticas suficientes para agora voltar ao mesmo.
No entanto, tendo e atenção os casos recentes de idosos encontrados mortos ao abandono, a história de "Património", que é um testemunho pessoal do próprio Philip Roth, tem o condão de, de uma forma aparentemente "ligeira", ao correr da pena, contando episódios "desinteressantes" da vida de um velho, se revelam de uma crueza e de uma contundência extremas.
Oiço falar da 3ª e 4ª idades como uma das grandes oportunidades de negócio do futuro, sobretudo, na área dos cuidados de saúde secundários e acompanhamento (no significado de fazer companhia). Mas, para além da forma desumanizada como o assunto é abordado, este negócio é um nicho de mercado, pois cobrirá 10%, se tanto, dos 600.000 idosos em Portugal, muitos vivendo em áreas desertificadas.
Ler o livro de Roth, nesta ocasião, para além de uma escrita e tradução excelentes, pode levar-nos a rever o(s) relacionamento(s) humano(s).

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